Antela
Pré-Histórica, parcialmente destruída, no sítio da Cruz Nova. Em Pedraído.
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A este
período são atribuídos alguns monumentos megalíticos, implantados nas terras
altas de Fafe. É na Serra de Fafe, aliás, que reside o maior número de túmulos
Pré-Históricos, cerca de meia centena. As freguesias de Aboim, Monte e Pedraído,
são as que detêm maior número de vestígios megalíticos.
Deste
mesmo período foram já identificadas algumas mamoas em áreas de menor altitude,
a Sul do Concelho. Em Fafe, Armil, Quinchães, Arões (Santa Cristina) e
Arnozela, foram identificadas algumas necrópoles e monumentos funerários
isolados, Pré-Históricos.
Pequeno
painel granítico gravado em Cabanas, S. Gens. Atribuíveis
à Idade do Ferro, estas gravuras rupestres, são o único exemplar conhecido no
concelho de Fafe.
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Na
freguesia de S. Gens existe um pequeno painel rochoso gravado, único exemplar
de arte rupestre, conhecido até ao momento em Fafe, atribuível à Idade do
Ferro.
A Cultura
Castreja está aqui bem representada em dez povoados conhecidos até ao momento:
Santo Ovídio, Fafe, Portela em Ribeiros, povoado de Lustoso em Paços,
Retortinha em Cepães, Silvares S. Martinho, Castelo em Moreira do Rei,
Travassós, Motim em Quinchães, povoado de S. Gens e Sancibrão em Seidões.
Da mesma
forma que a Cultura do Bronze estará ligada aos povoados Proto-Históricos,
também vestígios materiais da Romanização surgem com frequência associados a
povoados de cariz indígena.
O Império
Romano deixou também, por aqui, as suas marcas em quatro villae conhecidas na
parte Sul do Concelho, mais precisamente nas freguesias de Antime, Silvares S.
Clemente, Regadas e Arnozela.
A Idade
Média é representada por pontes, necrópoles, sepulturas escavadas na rocha,
sarcófagos, vestígios de um castelo roqueiro localizado em Quinchães e a jóia
do património românico fafense, o Templo de Arões S. Romão.
Ponte do
Barroco sobre o Rio Vizela, em Golães, construída no século X ou XI.
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Castro de
Santo Ovídio
O Povoado Castrejo de Santo Ovídio localiza-se
a cerca de um quilómetro do centro da cidade de Fafe, no lugar com a mesma
designação, onde se ergue uma elevação com uma altitude máxima de 332 metros .
O promontório, de configuração sub cónica,
destaca-se no vale do rio Vizela que corre perto do sopé da vertente oeste
deste monte consagrado ao Santo Ovídio.
Ruínas do
Castro de Santo Ovídio. Casa e pátio de influência Romana, séc. I – II da nossa
Era.
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O “Castro”
de Santo Ovídio, como também é conhecido, foi dado a conhecer no último quartel
do século XIX. Nessa altura, durante as obras de construção da capela e
escadaria foram encontrados vestígios arqueológicos que inequivocamente
provavam a existência de um “habitat” castrejo em Monte “Crasto” ou Monte de
Santo Ovídio. Alicerces de antigas construções, moedas romanas, fragmentos
cerâmicos e, sobretudo, o achado de uma estátua de guerreiro galaico chamariam
a atenção de curiosos e “caçadores de tesouros”.
Nos inícios
do século passado, chegaram a ser efectuadas escavações na plataforma superior
do monte à procura de riquezas imaginadas pelo povo.
Durante
muitos anos, o sítio arqueológico do Monte de Santo Ovídio ficaria esquecido e
só em 1980 viria a ser alvo de atenções. A abertura de um estradão na base da
vertente leste da elevação revelava um conjunto de estruturas arqueológicas que
motivaram o embargo da obra por parte da Autarquia. Neste mesmo ano foi chamada
a intervir a Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, que realizou
cinco campanhas de escavação, entre 1980 e 1984, inteiramente financiadas pela
Câmara Municipal de Fafe.
O conjunto
arquitectónico posto a descoberto na base da vertente leste do monte de Santo
Ovídio, representa uma pequena parte da real potência arqueológica deste antigo
“habitat”.
Ao invés
da maioria dos castros do noroeste, no presente caso não são visíveis vestígios
evidentes de muralhas. Este facto deve-se às boas condições naturais para
defesa, bem patentes na morfologia das vertentes norte e oeste.
Apesar de
não serem notórias linhas de muralha, sabe-se que, pelo menos, a vertente leste
foi defendida por um fosso.
As ruínas
visíveis correspondem à última fase de ocupação do Povoado, entre finais do
séc. I a.C. e os princípios da nossa Era.
Numa
cidade que tanto carece de atractivos turísticos, pensamos que todo o monte de
Santo Ovídio deveria ser melhor aproveitado, criando-se ali um Parque
Arqueológico com centro interpretativo valorizando-se assim uma potência
turística latente... aqui tão perto.
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